O Morenão deixará o futebol de lado e será palco no próximo dia 16 de outubro – um sábado - do lançamento do foguete de combustível sólido FOG500, construído pelo técnico em Mecatrônica e mestre em Engenharia Espacial pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Oswaldo Loureda.
O projeto faz parte das atividades do 10º Encontro Regional do Ensino de Astronomia (X Erea), realizado de 13 a 16 de outubro, no Memorial da Cultura, em Campo Grande. O encontro é direcionado a professores de escolas públicas
Fruto de um experimento educativo de baixo custo, o foguete FOG500 tem alcance médio de 500 metros, de modo a não oferecer riscos. Foi projetado e desenvolvido pela empresa Acrux Aerospace Technologies, sediada no CTA em São Jose dos Campos (SP).
Oswaldo Loureda explica que o foguete tem propósito pedagógico. “A nossa empresa [Acrux Aerospace Technologies] trabalha em um esquema onde a escola compra o lançamento do foguete, individualmente ou em parceria. A escola adquire o direito de colocar equipamentos, experimentos, sensores, câmeras fotográficas ou mensagens dentro do compartimento de carga do veículo, que normalmente comporta até 1kg. A ideia do lançamento com equipamentos e experimentos dos alunos é a motivação e o incentivo gerado aos estudantes”, explica.
Para apoiar estas atividades, a empresa possui um projeto de consultoria pedagógica chamado Programa Espacial Educativo (PEE), que fornece apostilas, aulas digitais, livros e kits eletrônicos para montagem de experimentos que serão embarcados no foguete. Os alunos realizam experimentos de baixo custo, como foguetes à água, além do desenvolvimento de circuitos eletrônicos que podem ser embarcados em foguete da Acrux a ser lançado ao fim de cada ano.
O sítio de lançamento normalmente é composto pela torre de lançamento e uma área mínima de segurança à volta do veículo que será lançado. “Como o FOG500 é um foguete de pequeno porte o sítio pode ser no estádio, pelas imagens que vimos via google earth”, diz Oswaldo Loureda.
O foguete é um produto industrializado que envolve várias etapas de risco durante sua construção. “Por este motivo é um equipamento que deve ser adquirido e manuseado por pessoal técnico credenciado para tal. A parte que é mandada para as escolas é a seção superior do foguete, que é totalmente inerte e sem riscos, no entanto, sua precisão exige que seja fabricada em locais específicos”.
Doutorando em Propulsão Espacial pelo ITA, Oswaldo Loureda também vai ministrar, ainda no sábado (16 de outubro), às 10 horas, no Memorial da Cultura, o minicurso Introdução a Tecnologias Espaciais. “Este tema é bastante carregado de matemática, termodinâmica, mecânica orbital, essas coisas que normalmente não são muito agradáveis de primeiro ponto. Mas a ideia deste minicurso é dar uma visão abrangente, uma visão atrativa”, finaliza. Loureda.
Para informações ou inscrições no 10º Encontro Regional do Ensino de Astronomia (X Erea) basta acessar o site: www.erea.ufms.br.
notícia originalmente publicada em 30 de setembro de 2010
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