segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A Inovadora Acrux Aeroespace Technologies

Com recursos do "Programa Primeira Empresa (Prime)", da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), o tecnólogo "Oswaldo Barbosa Loureda" está tentando emplacar sua invenção, um foguete de sondagem de pequeno porte, que terá 10 mil metros de alcance e voará duas vezes a velocidade do som. "Em abril faremos o primeiro vôo do segundo protótipo, chamado AAT-2. O primeiro foi lançado, com sucesso, no ano passado, mas já estamos desenvolvendo uma versão mais potente, para atingir até 30 km", disse.

Segundo Loureda, os veículos da Acrux não competem com os foguetes de sondagem desenvolvidos pelo DCTA, que atingem até 230 km de altitude e voam seis vezes a velocidade do som.

"Existe um mercado intermediário para pesquisas educativas de baixo custo, feitas por universidades ou mesmo para atender a projetos na área aeroespacial na faixa de 10 quilômetros a 100 quilômetros", explica Loureda. Outro projeto que a Acrux criou e está investindo seus esforços é o Programa Espacial Educativo (PEE), para divulgar a tecnologia aeroespacial em escolas de ensino fundamental e médio. Além de amplo conhecimento técnico nessa área, Loureda aposta na sua experiência como professor e palestrante para ampliar a empreitada.

Com apenas três funcionários, a Acrux é considerada uma empresa pioneira na "Incubaero" no setor espacial e com um futuro promissor no seu segmento. Além de foguetes de sondagem, a empresa também está envolvida em projetos de Vants, estruturas em material composto e propulsores de foguetes.

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Comentário do Blog "Brazilian Space": A descoberta pelo blog da existência de outra iniciativa no país como a do grupo paulista “Edge Of Space”, faz com que as nossas esperanças de melhores dias para esse setor continuem vivas, apesar do bagunçado programa espacial do governo. Programa esse que sofre há muito anos pela falta de foco, por decisões políticas equivocadas, por gestões desastrosas, por falta de recursos condizentes com os seus objetivos e principalmente pela falta de decisão política se queremos ter ou não um programa espacial. Felizmente, iniciativas como essas da “Acrux” e do grupo paulista “Edge Of Space” (curiosamente apoiadas por órgãos do governo) nos permitem sonhar que um dia o Brasil ainda haverá de se tornar um player significativo nesse setor, apesar das trapalhadas governamentais. Chamo atenção do leitor para a importante preocupação da Acrux como também do grupo “Edge Of Space” para com a educação, necessária e muito importante se quisermos um dia ter um programa espacial auto-sustentável em todos os níveis.

notícia originalmente publicada em 25 de janeiro de 2010

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